14 junho, 2008

Caixa Forum em Madrid

O edifício da Caixa Forum foi concebido pelo atelier Herzog & de Meuron de modo a transformar-se num polo de atracção urbano, não somente para os amantes da arte, visto a função primordial deste espaço é servir de Galeria, mas para todos os habitantes de Madrid e do exterior. À imagem de muitos museus por esta Europa, aplicou-se igualmente o conceito de edifício "estrela", ou seja, pretende-se que os visitantes procurem este espaço não somente pelo conteúdo programático, pela diversidade de exposições, mas também pelo edifício em si, pela riqueza arquitectónica que ele representa no panorama da cidade de Madrid. O edifício ocupou uma área considerável, antigamente local de uma antiga Central Eléctrica, cuja traça industrial do edifício pré-existente foi mantida pelo seu interesse cultural e histórico para a cidade, e uma antiga bomba de gasolina, cuja localização se encontrava desvirtuada acabando por ter sido demolida, originando assim uma pequena praça entre esta nova identidade e o Museu do Prado. O novo edifício funde-se com o existente, transformando-se numa massa pesada, que no entanto contrariando as mais elementares leis da física, solta-se do território físico abrindo uma passagem que convida os transeuntes a deambular. Este gesto, é o resultado da subtracção do piso térreo, que se encontrava obsoleto e desnecessário, resolvendo assim uma série de problemas que o projecto enfrentava: a dimensão compacta das ruas que circundavam o edifício e que de certo modo dificultavam a criação de espaços de permanência e a colocação da entrada principal; tudo isso é resolvido através desta praça coberta k surge da remoção do piso térreo, atribuindo um carácter monumental e de espectacularidade ao edifício, próprio do perfil desejado. Dentro do edifício existem duas zonas claramente distintas, uma acima do solo e outra enterrada. As áreas mais técnicas e menos flexíveis, tais como auditórios e salas de conferencia, encontram-se nos pisos subterrâneos, enquanto nos pisos superiores localizam-se os espaços expositivos, restaurantes e zona administrativa. Por último, mas não menos importante para a forma do edifício, o desenho da silhueta nos seus últimos pisos, cuja diferença chama atenção pela singularidade, é fruto da representação da projecção das coberturas dos edifícios circundantes, integrando este edifício na malha urbana de um modo sólido e estruturado, fazendo jus ao Passado mas mostrando-se orgulhoso do Presente que o acolhe!













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